Suponho que poucos de nós, enquanto comem um peixe no jantar, param para refletir sobre as numerosas vidas que são sacrificadas para nos fornecer um único prato. No entanto, não teriam esses pequenos animais um igual direito à vida, como nós? Que peculiar virtude tem a natureza humana que permita que a felicidade e a liberdade de outras criaturas seja cruelmente sacrificada em favor da passageira satisfação humana? A resposta normal a esta questão é um sorriso alegre, ou um "Sim, parece estranho, não?"; mas quando a pergunta inversa é feita — Por que diabos os fortes e espertos não deveriam satisfazer os próprios desejos às expensas dos fracos e estúpidos? —, há imediatos protestos a respeito dos direitos iguais do homem. Por que do homem? Para os teólogos, sem dúvida, a expressão transmite uma idéia clara; mas para um evolucionista que não pode admitir a existência de qualquer linha de distinção entre o homem e seus ancestrais, o problema é saber quando surgiram esses direitos iguais. Até posso entender que os homens demarquem uma linha que englobe os próprios homens; é natural; mas o que eu não consigo compreender é como eles deduzem a doutrina do princípio da Eterna Justiça. Se a maior felicidade para o maior número (o que quer que isso signifique) é o verdadeiro princípio de conduta, o que fez aquele peixe para ser deixado fora da conta? Talvez se argumente que o prazer conseguido pelo gourmet com o jantar é maior do que todos os prazeres da possível vida de uma criatura tão humilde quanto um peixe. Há, então, um saldo virtuoso nos números.
Para aplicar essas reflexões às questões políticas atuais, nós podemos cordialmente aceitar a máxima Vox populi, vox Dei, e no entanto negar que a voz do povo é necessariamente o brado do maior número! Se dez idiotas me derrubarem, amarrarem minhas mãos nas minhas costas e me forçarem a aceitar suas vontades, eu me curvo à força superior deles — à força bruta. Eu me adapto aos desejos deles em vez de assumir as conseqüências da desobediência. Mas eu não reivindico qualquer virtude com este ato. Eu tenho que escolher entre males, e eu escolho o menor. Similarmente, se a maioria das pessoas neste ou em qualquer outro país puder forçar as minorias numéricas a aceitarem as vontades dela, definitivamente os deixe fazer isso. Eu posso ter dúvidas quanto à capacidade dela, mas nem por um momento eu contesto seu direito. Caso contrário, eu logo pensaria em contestar o direito do gato selvagem à ave que ele capturou. A própria noção é absurda.
Mas se, por outro lado, a maioria numérica não puder submeter a minoria às suas vontades, por qual argumento deveriam os mais fortes, embora também sejam poucos, ser induzidos a abrir mão da vantagem da força superior que possuem em favor dos outros, que nada de especial têm para recomendar a eles, a não ser que se reproduzam como os peixes?
Que a efetiva maioria (não necessariamente a maioria numérica) seguirá seu próprio caminho pode se estabelecer como um truísmo. Assim, a questão relevante não é se as maiorias têm o direito de governar, mas se a maioria numérica provavelmente se tornará a efetiva maioria com a evolução da sociedade.
Além dela, outra questão que se deve responder é se a humanidade deve ser congratulada ou não por a tendência discernível através da história ser em direção da democracia, assumindo-se que esse realmente seja o caso.
Numa multidão de conselheiros, há sabedoria. Muito provável; mas isso se baseia no princípio da sobrevivência do mais apto. Certamente não é verdadeiro quanto ao resultado obtido ao se considerar a opinião da maioria. Se todos os palhaços da Europa se juntassem, eles nunca teriam aventado a teoria da gravitação como uma explicação dos movimentos dos corpos celestes. Um homem fez o que um milhão não conseguiriam. Então a ciência da sociologia é tão mais simples que a da mecânica? Pelo contrário. A repetição de incríveis besteiras nunca poderá fazer sentido, embora ela às vezes dê convicção. Da mesma forma, a mera multiplicação de tolices não pode se converter em sabedoria.
Alguém diz que a terra da Inglaterra, se cultivada apropriadamente, sustentaria cento e quarenta milhões de pessoas. E daí? Cui bono?2 Nós poderíamos pensar que o maior objetivo da raça é ter o maior número de componentes possível, a despeito da qualidade deles. Sinto-me disposto a descrever isso como a visão de Daniel Lambert da salus populi.3 O que se pensaria de um indivíduo que estabeleceu para si como ambição, como objetivo de sua vida, alcançar o maior peso ou a maior altura possíveis? Possivelmente a terra sustentaria mil vezes o presente número de moscas, se nós todos concordássemos em cortar nossas gargantas; mas que ganho haveria nisso? E eu pergunto novamente: Por que o Homem? Ele é, no máximo, uma besta repulsiva, que toma a maioria por padrão (como na democracia), algo, pensou Carlyle,4 como uma cenoura partida. E se ele de fato se distinguir dos outros animais por sua capacidade de mentir e ficar bêbado, e daí? É claro que isso ou qualquer outra peculiaridade justifica que ele aproprie para seu uso a riqueza da natureza, se ele puder, porém não em caso contrário. Enquanto isso, a particular espécie que tenha tomado posse da terra no presente tem similar justificação para continuar com ela o tanto quanto possível. Nos dias vindouros, em que a terra cairá nas mãos da escola de Daniel Lambert, cuja visão da salus populi é a de números populacionais cada vez maiores, veremos cento e quarenta milhões de seres humanos povoando a superfície do país; uma verdadeira Era Saturniana — ou deveríamos dizer Saturnina? Que lugar para o inspetor distrital e para o missionário! Que ótimos locais de caçada para os charlatães e suas pílulas mágicas! Felizmente, esta era dourada ainda está num nebuloso e distante futuro.
Em que medida a vontade da maioria numérica representa a vontade do povo? Sem dúvida aqueles que estão prontos a aceitar o ipse dixit da Igreja Católica em questões teológicas e aqueles que estão preparados para engolir os ditos de Mrs. Grundy5 em questões sociais podem logicamente tomar como inspiradas as palavras de muitas bocas. Mas, trivial como é esta observação, é impossível repetir excessivamente que durante toda a história, a verdade, a liberdade e a justiça têm sido defendidas por poucos e atacadas pela maioria. É verdade, mudanças notáveis algumas vezes ocorrem no caráter dos homens, e o mesmo deve ocorrer em relação a sociedades e classes. Se isso de fato acontece, é possível que a maioria, que envenenou Sócrates, que crucificou Jesus, que queimou Bruno, e que recentemente traiu Gordon, converta-se como o Rei Henrique VIII em defensora da verdadeira fé. Tenhamos esperança.
Após esses comentários preliminares, eu posso agora me proclamar um inflexível democrata; mas por democracia eu me refiro não ao governo da maioria, em contraste com o governo da minoria, mas ao governo de todos.
Se eu tenho que escolher entre o governo dos muitos e o governo dos poucos, eu não hesitarei em escolher o último! Minha crença no egoísmo humano é firme demais para esperar altruísmo de qualquer um; mas eu sei que meus próprios interesses seriam melhor atendidos, ou, para todos os efeitos, menos impedidos, pelo governo egoísta da cultura em vez do governo igualmente egoísta da ignorância.
Eu confesso ser completamente cético quanto ao tão enaltecido virtuosismo e inteligência do chamado proletariado. (A propósito, fosse eu ou qualquer outro a chamá-lo por esse título desdenhoso, que barulheira haveria. Eu não desejo discutir o termo, se ele é popular; e ele certamente conota um notável, senão o mais interessante, atributo das camadas menos abastadas da sociedade.) A questão que eu me pergunto, com o egoísmo comum à humanidade, é esta: Onde eu entro? Nas listas da minoria eu temo que meu nome não vá entrar; portanto, eu sou contra o poder da minoria. A maioria não me admitiria no meio dela, porque ela é uma classe bem definida, que tem, como ela mesma supõe, interesses diversos daqueles do resto da comunidade, por conta da peculiar natureza e forma do seu trabalho; portanto, eu sou contra o poder da maioria. Mas num governo de todos eu posso ser capaz de ter minha voz ouvida e minha vontade levada em consideração para alguma coisa; portanto eu sou pelo governo do povo pelo povo — e não por alguns do povo, sejam a maioria ou a minoria, mas por todo o povo.
"O que é de todos não é de ninguém."6 É o que se diz. Se for verdade, então o governo de todos por todos seria o mesmo, no fim, ao governo do país por ninguém, ou seja, anarquia. Não é algo ruim também. Na minha opinião, um povo que começasse do zero com uma total anarquia não se sairia mal. Em resposta a isso normalmente se diz que liberdade demais é tão ruim quanto liberdade de menos, senão pior. Significa a liberdade do lobo para devorar o carneiro, e a igual liberdade do carneiro para devorar o lobo: uma liberdade mútua à qual de alguma forma o carneiro se opõe. Mas seria essa uma objeção válida? Eu duvido. O que acontece em tais casos? Surgem associações voluntárias para proteção mútua contra a força bruta de indivíduos poderosos. E se essas se provarem benéficas às pessoas que as adotarem, elas tenderão a se estender por toda a população. Em outras palavras, sob um sistema verdadeiramente anárquico, nós teríamos exatamente o que temos agora, um sistema policial hipotético ao qual ninguém poderia efetivamente opor-se. Haveria, porém, esta diferença: aqueles que não desejassem não seriam coagidos a se unirem a qualquer associação ou a manter o sistema. E por que deveriam? Um homem que se considera forte o suficiente para encarar todos os possíveis riscos e violências dos outros homens pode legitimamente considerar-se prejudicado se for compelido a sustentar uma força para a proteção daqueles que são fracos demais ou briguentos demais para incorrer em riscos. Novamente, alguém que tem toda a sua propriedade dentro de uma forte casa rodeada por um fosso e praticamente inatacável pode razoavelmente opor-se a ter que contribuir para a proteção da propriedade daqueles cujos tesouros estão à mercê de ladrões. Assim, alguém que não tem propriedade para perder pode se rebelar contra a obrigação de se unir a uma associação para a defesa mútua de propriedades.
A diferença entre a Anarquia e o sistema presente é exatamente a mesma diferença entre a Cooperação Voluntária e a Cooperação Compulsória — entre o Individualismo e o Socialismo. A história da civilização é a história da transição da sociedade de um estado socialista para um estado anárquico. A predominante noção de uma anarquia que impeça a associação de indivíduos para um objetivo comum é, obviamente, ridícula. Supor que sob um sistema anárquico um homem forte fosse poder dilacerar um fraco enquanto os outros apenas observariam é uma caricatura do regime. Associações voluntárias executariam na prática o que o Estado faz agora em tudo o que fosse necessário e, portanto, bom; por outro lado, elas não interfeririam, como faz o Estado atualmente, em questões que são melhor deixadas a cargo do gerenciamento privado. O erro principal do Socialismo parece ser o de considerar que as combinações são inúteis a não ser que todos possam ser inseridos nelas. A sindicalização trabalhista é boa; mas o lado negro de sua história é aquele que descreve a perseguição miserável a que foram sujeitados os não-sindicalizados. Deixem aqueles que não querem se unir do lado de fora. Se o laço da união é bom, cedo ou tarde a maioria será atraída. Se for mau, não importa quanta coerção for usada, a causa fracassará e a combinação sucumbirá.
É um erro supor que a anarquia não tem leis. Nada pode ser mais falso; de fato, a ausência de leis entre homens inteligentes é quase impensável. Onde não há nenhum corpo dirigente, nenhuma autoridade governamental, como na San Francisco da memória de muitos de nós, o que acontece? Em San Francisco, os delinqüentes e as pestes da sociedade assumiram o controle? Nada disso: aqueles que herdaram os hábitos de um modo de vida social e metódico, graças à maior economia média se uniram e imediatamente lincharam aqueles que desejavam violar os princípios da ordem e do método que séculos de experiência mostraram ser conducentes a uma possível existência num dado território de uma considerável população num superior estado de conforto. É claro, os ordeiros não iriam se submeter aos desordeiros sem lutar; e sendo a parte mais forte, embora possivelmente composta de indivíduos mais fracos, eles voluntariamente se combinaram e colocaram contra a parede os indivíduos refratários. Isso era anarquia.
Nós agora chegamos a esta posição: a de que eu e aqueles que pensam como eu somos democratas porque esperamos algum bem da democracia. E que bem é esse? Nada mais, nada menos que nossa liberdade. Nós defendemos a democracia porque ela leva diretamente à anarquia. Pois quanto maior o número de pessoas com voz nas questões nacionais, mais difícil se tornará tomar medidas coercitivas. Cada um de nós pode estar desejoso de coagir nossos vizinhos em todas as questões, mas certamente nos encontraríamos em posição minoritária em alguma questão de suprema importância para nós mesmos; e então nós devemos começar a perceber como a coerção perde o seu encanto quando estamos entre aqueles que são coagidos. Portanto, quanto maior o número de interesses diversos representados no Parlamento, mais perto estamos do advento da verdadeira anarquia.
Anarquia! A palavra tem um som desagradável. Ah, ela se opõe à propriedade; é o que se diz. De forma alguma. A máxima do anarquista é: "Deixai que quem possui o poder consiga o que quer; deixai que aquele que pode mantenha o que tem".7 Isso é propriedade, não é? "Mas o que impedirá que os fortes explorem os fracos? Suponha que a maioria, vendo-se pobre, tenha a idéia de expropriar a minoria, e aí?" Por que não? Se se puder mostrar que o roubo dos ricos pode ser efetuado, e efetuado com vantagens para os pobres, eu não vejo por que não deveria ser feito. É contrário à moralidade? Infelizmente essas pretensiosas abstrações são inúteis.8 Além do mais, eu nego isso. A moralidade é concomitante com o interesse próprio. Quem quer que dispute isso está errado. É uma rudeza e um dogmatismo eu dizer isso; mas é uma resposta rápida, e eu não pretendo discutir os primeiros princípios da ética aqui. Eu repito enfaticamente, se os pobres, a maioria, são capazes de despojar os ricos, a minoria, e de lucrar no processo, então eles têm o direito e o dever de fazer isso.
Mas agora surgem as duas questões anteriores: Podem eles fazer isso? E seria vantajoso para eles fazerem isso? À primeira pergunta, eu respondo sem hesitação: Não; se pudessem, teriam feito há muito tempo; pois eu acredito que eles não são melhores, na totalidade, que eu mesmo, apesar dos belos louvores que lhes são tecidos pelos candidatos parlamentares. Certa vez um oriental, que nada sabia a respeito dos trabalhadores britânicos além do que havia lido nos discursos políticos, me disse que quando veio pela primeira vez a este país esperava encontrar as "massas" aladas e emplumadas.
Porém, a maioria, se puder se organizar e se unir, pode subjugar a minoria? Não; o homem que não consegue superar a tentação de um trago quando sua mulher e seus filhos têm que pagar por ele com o jantar não é o homem que recusa o ouro do rico para apunhalar seu colega trabalhador pelas costas. A maioria não pode fazer isso; é uma impossibilidade física. Ou, para colocar em termos mais amenos, a probabilidade vai de encontro a isso. Ela pode transbordar de forma incoerente por algumas semanas ou meses, como de fato ocorreu uma ou duas vezes no passado; mas a ebulição é meramente temporária, e o que é mais significativo, há sempre membros de outra classe por trás, fazendo uso dela para seus propósitos sinistros.
Agora, supondo que ela realmente pudesse realizar esse objetivo — supondo que a maioria realmente pudesse despojar a minoria —, seria esse um curso de ação sábio a adotar, mesmo do ponto de vista dos pobres? A esta questão eu novamente respondo: Não, certamente não. É inútil que eu recapitule aqui toda a cadeia de raciocínio que demonstra que se o estímulo à indústria fosse retirado, a indústria cessaria seu funcionamento, e eu seria o primeiro a entrar em greve. A conseqüência seria que teríamos que fazer um estoque de nossa presente riqueza e ver quanto ela duraria sustentando um nível de vida universalmente confortável. O valor total de toda a riqueza da Grã-Bretanha no presente momento, incluindo o valor de toda a população em preços de escravos, é de cerca de trinta bilhões de libras. Isso nos dá cerca de mil libras para cada um, ou quarenta libras por ano na condição de trabalho dos negros. Quarenta libras por ano de bom trabalho honesto! Mas esse trabalho seria feito? Quem o faria? Eu não. Por que eu deveria trabalhar dez horas por dia para que meu vizinho jogue fora seu tempo com os amigos? Logo se tornaria claro que nós teríamos que nos preparar para uma curta e alegre vida (digamos, cerca de dois anos de festança), a não ser que encontrássemos algum método de induzir as pessoas a trabalhar. O melhor método de que eu lembraria, se me fosse perguntado, seria o sistema de propriedade privada. A todo homem os frutos de seu trabalho. Se esta visão fosse adotada, surgiria um estado de coisas exatamente como o que temos agora, com uma diferença, porém — é improvável que a confiança diminuísse, que os juros aumentassem, que o crédito escasseasse, que os salários diminuíssem. A maioria não pode espoliar a minoria; e mesmo se pudesse, seria melhor não fazê-lo.
Notas:
1 Este capítulo foi originalmente lido na Sociedade Fabiana, que era constituída principalmente por socialistas, anarquistas revolucionários e outros pensadores políticos. Uma parte de seu objetivo era responder àqueles socialistas estatistas que atacam o individualismo como uma doutrina que necessariamente leva à anarquia, a outra parte era ser um reductio ad absurdum dos ensinamentos daqueles revolucionários que destruiriam as presentes instituições com a crença de que uma melhor ordem emergiria das ruínas delas. Eu o reproduzo aqui (com uma letra menor) sem qualquer alteração, porque acredito que ele aborda algumas dificuldades que já devem ter sido sentidas pelos leitores dos capítulos precedentes. A doutrina extrema aqui enunciada será devidamente qualificada no capítulo a seguir. Se algum crítico abrir o livro neste ponto, eu peço apenas que ele o leia à luz desta explicação.
2 Expressão latina que significa "Quem se beneficia?". Indica que certo ponto de vista está sendo defendido por motivos que não os declarados ou que há outras partes interessadas que afetam a questão. [N.T.]
3 Salus populi é uma expressão latina que significa "bem do povo". Já Daniel Lambert (1770-1809) foi inglês que ficou famoso por sua obesidade — ele chegou a pesar 336 kg. [N.T.]
4 Refere-se a Thomas Carlyle (1795-1881), ensaísta, satirista e historiador escocês. [N.T.]
5 Mrs. Grundy é uma personagem da peça Speed the Plough, de 1798, de Thomas Morton. Era uma personagem excessivamente convencional e pedante, e tornou-se símbolo de apego ao conservadorismo social. [N.T.]
6 No original, "What's everybody's business is nobody's business". [N.T.]
7 No original, "Let him take who hath the power; let him keep who can". [N.T.]
8 No texto é utilizada a expressão "butter no parsnips", parte de uma expressão inglesa maior, "fine words butter no parsnips". A expressão normalmente refere-se a promessas ou a elogios e quer dizer que palavras são inúteis, que devemos julgar as pessoas por suas ações, não pelo que dizem. [N.T.]
Wordsworth Donisthorpe (1847-1913) foi um advogado, inventor e anarquista individualista inglês. Fez parte da Liberty and Property Defence League.